AÇÃO E REAÇÃO

O calor intenso, inconsequente

Abrasador continua sua rotina inclemente

Estamos na primavera, devia estar mais ameno

Parece até punição pelo que andamos fazendo

A relva morta de sede, criação passando fome

Em parte é a natureza, mas muito é culpa do homem

O desrespeito geral, vem no colo da ganância

Empurrados pela força da ignorância

Que importa se haverá danos aos seres humanos

Não sou a palmatória do mundo

Faço ouvidos moucos a quem está reclamando

Vou tocando minha vida movida a puro egoísmo

Queimando, poluindo, envenenando

Danem-se o meio ambiente e o discurso de altruísmo

Enquanto assim persistir e o homem não tiver juízo

Só nos resta agarrar uma raiz na beirada do abismo…

Publicado por

AILTON V. PRIMO

Brasileiro, casado, médico radiologista, 65 anos

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